quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Explosão de supernova em M82

O passado 21 de janeiro uma supernova de tipo Ia foi detetada por S.J. Fossey e o seu grupo de estudantes do University College London na galáxia M82, também conhecida como a galáxia do Cigarro. Esta é a supernova mais próxima a nós desde a descoberta em 1993 na galáxia M81, e a de tipo Ia mais próxima descoberta nos últimos 40 anos.

Uma supernova deste tipo é um dos eventos mais catastróficos que podemos observar no universo. Inicialmente uma anã branca superdensa, o resto de uma estrela que apenas ocupa o tamanho da Terra mas que possui a massa de uma estrela como o Sol, começa a absorver material de uma companheira estelar próxima. A supernova produz-se quando a anã branca atinge uma massa de 1.4 vezes a massa do Sol e, incapaz de manter o equilíbrio gravitacional, colapsa subitamente produzindo a enorme explosão que, por um breve intervalo de tempo, a faz brilhar tanto como o resto da galáxia.


Supernova de tipo Ia

Na seguinte figura mostra-se a galáxia antes e depois da descoberta da supernova. Nela percebe-se claramente o enorme brilho da supernova no círculo azul da imagem à direita da figura.

Fotografia da galáxia M82 antes (esquerda) e depois da explosão da supernova (direita).

M82 é uma galáxia irregular situada a 12 milhões de anos-luz na constelação da Ursa Maior. A dia de hoje a sua magnitude aparente é +10.9, de maneira que só é visível utilizando um telescópio. Porém, espera-se que nos próximos dias possa atingir magnitude +8.5, sendo assim visível com uns binóculos.
Localização de M82 às 20h em direção NNE no final de janeiro


Descobre-se vapor de água em Ceres

O observatório espacial Herschel da ESA descobre vapor de água em Ceres. Esta seria a primeira vez que se deteta água num objeto do cinturão de asteroides. Com um diâmetro de uns 950 km, e orbitando o Sol entre Marte e Júpiter, pensa-se que este planeta anão poderia ter um núcleo de rocha coberto por um manto externo de gelo.

Representação artística de Cerse (crédito: ESA)
Os autores da descoberta, Michael Küppers da ESA e os seus colaboradores de diversos centros de investigação internacionais, publicaram ontem um artigo em Nature no qual informam da deteção de vapor de água em duas zonas de Ceres. Com uma produção estimada de 6 kg por segundo sugerem que a origem mais provável deste vapor de aǵua poderia ser a sublimação do gelo existente na superfície, já que estas zonas mais escuras estariam a absorver mais radiação solar e, portanto, estariam a maior temperatura que o resto da superfície.

Espera-se que na primavera de 2015 a missão Dawn da NASA, atualmente rumo a Ceres, permita averiguar a origem certa destas emissões e fazer novas descobertas no maior objeto do cinturão de asteroides.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

GAIA chega ao seu destino

Após o seu lançamento o passado 19 de dezembro o observatório espacial GAIA acaba de finalizar (em 14 de janeiro) a sua entrada na órbita em redor do ponto L2, situado a 1.5 milhões de km da Terra.


Este é um dos cinco pontos de Lagrange, aqueles lugares próximos dum sistema orbital de dous corpos onde as forças se equilibram.

Os cinco pontos de Lagrange no sistema Terra-Sol.
Durante os próximos cinco anos GAIA girará em redor de L2 seguindo uma órbita de Lissajous de 263000 x 707000 x 370000 km com um período de 180 dias.







sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Erupção solar de classe X

A enorme mancha solar AR1944 produziu há dous dias, sobre as 19:30 do 7 de janeiro, uma erupção de classe X (a máxima possível). Isto deu lugar a uma ejeção de massa coronal que atingirá a Terra o dia 9.


É de esperar que este energético evento permita, nos próximos dias, observar auroras a latitudes mais baixas do que é habitual.

Mais informação:
http://www.spaceweatherlive.com/community/topic/582-middle-latitude-auroral-activity-watch-january-9-2014/?p=6121
Aspecto atual do Sol (no visível):
http://sohowww.nascom.nasa.gov/data/synoptic/sunspots_earth/mdi_sunspots_1024.jpg